segunda-feira, 22 de abril de 2013

Futebol de rua e seus aprendizados.


Nossa, ainda me lembro de quando era criança, alí, perto do bar do seu finado Seu “Manel”. Foram momentos memoráveis. Quando eu beirava meus doze anos a minha brincadeira favorita era jogar “pelada” na rua, naquela época não tinha asfalto a rua era de terra e cheia de cascalho, ora ou outra, alguém perdia a tampa do dedão, mas o remédio era simples, apenas um pouco de cuspe e terra no local e a brincadeira recomeçava. O gol era de pedra tapiocanga e bola de capotão, pensa num trem pesado.
O futebol era divertido, era malandro. Na direita a equipe sem camisa na esquerda os de camisa e de fora do campinho, iam chegando os próximos, os ré, os tri e assim o negócio ia rolando. E as regras aos poucos começava a surgir, se iniciava com o “dois dou dez”, ou seja, o time que fizesse dois gols eliminava o outro e após dez minutos o time que fizesse mais gols era o campeão da vez, mas é claro, ora pois, e se desse empate, era simples a lei era ou par ou ímpar e de costas para evitar malandragem, mas a regra mais interessante era aquela que marcava as irregularidades  ou seja a simples frase “parou”, o negócio era regra, era só falar “parou” e o jogo parava, era falta uai  É lógico que de vez em quando para defender o nosso direito ou devido ao excesso de juízes, acontecia algumas briguinhas, mas, logo a turma do deixa disso aparecia, principalmente o cara que era dono da bola, ele dizia assim: “Se ôceis não para de besteira de briga eu vou me imbora e levo a bola, caraí!”Assim, logo, logo a briga cessava.
Nessas brincadeiras ao longo do tempo percebi que aprendi o que era amizade, respeito, regras, perdão, a ganhar e principalmente a perder e saber que aquele momento era a momento do outro também brincar, foram momentos de felicidade, pena que o tempo acabou, mas ainda nos resta as lembranças e a saudade que carregamos no peito.


Prof. Windson Messias

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