Nossa,
ainda me lembro de quando era criança, alí, perto do bar do seu
finado Seu “Manel”. Foram momentos memoráveis. Quando eu beirava
meus doze anos a minha brincadeira favorita era jogar “pelada” na
rua, naquela época não tinha asfalto a rua era de terra e cheia de
cascalho, ora ou outra, alguém perdia a tampa do dedão, mas o
remédio era simples, apenas um pouco de cuspe e terra no local e a
brincadeira recomeçava. O gol era de pedra tapiocanga e bola de
capotão, pensa num trem pesado.
O
futebol era divertido, era malandro. Na direita a equipe sem camisa
na esquerda os de camisa e de fora do campinho, iam chegando os
próximos, os ré, os tri e assim o negócio ia rolando. E as regras
aos poucos começava a surgir, se iniciava com o “dois dou dez”,
ou seja, o time que fizesse dois gols eliminava o outro e após dez
minutos o time que fizesse mais gols era o campeão da vez, mas é
claro, ora pois, e se desse empate, era simples a lei era ou par ou
ímpar e de costas para evitar malandragem, mas a regra mais
interessante era aquela que marcava as irregularidades ou seja a
simples frase “parou”, o negócio era regra, era só falar
“parou” e o jogo parava, era falta uai É lógico que de vez em
quando para defender o nosso direito ou devido ao excesso de juízes,
acontecia algumas briguinhas, mas, logo a turma do deixa disso
aparecia, principalmente o cara que era dono da bola, ele dizia assim: “Se ôceis não para de besteira de briga eu vou me imbora e
levo a bola, caraí!”Assim, logo, logo a briga cessava.
Nessas
brincadeiras ao longo do tempo percebi que aprendi o que era amizade,
respeito, regras, perdão, a ganhar e principalmente a perder e saber
que aquele momento era a momento do outro também brincar, foram
momentos de felicidade, pena que o tempo acabou, mas ainda nos resta
as lembranças e a saudade que carregamos no peito.
Prof.
Windson Messias
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